O interesse pelo Reality cresceu de forma vigorosa desde o início deste século no Brasil, especialmente após o sucesso alcançado pelos primeiros programas veiculados nas principais emissoras do país, tais como "A Casa dos Artistas" e "Big Brother". Atualmente, esse modelo de sucesso se expandiu de tal forma que hoje coexistem diversos tipos como de culinária, comportamento, música, moda, beleza, etc, para os mais variados gostos.
As pessoas podem criticar, questionar o nível dos participantes, mas todos sempre tomam conhecimento de alguma forma do que acontece dentro do local onde eles se relacionam e se mostram para todo o país sem nenhuma privacidade. E isso se expande sobremaneira através das redes sociais, espaços democráticos que parecem complementar todas as discussões, geram mais e mais comentários, ajudam a incrementar a audiência desses programas, ao mesmo tempo tão amados e odiados pela população brasileira.
O segredo desse grande interesse provocado nas pessoas por esse tipo de programa seria em função do público se identificar com várias situações vividas pelos participantes. Muitos espectadores acreditam que é difícil supor que eles possam assumir algum personagem, com o estado permanente de confinamento e pressão a que são submetidos os participantes.
Para elevar a audiência e vender mais espaços publicitários, diversas emissoras começaram a produzir diferentes versões de Reality Show no Brasil, basicamente através da cópia do que já funcionava no exterior. A grande maioria dos realities brasileiros tem origem nos Estados Unidos ou Europa, como por exemplo: Masterchef, The Voice, Big Brother, entre outros. A fórmula alavancou o interesse das emissoras e gerou repetidas temporadas, de maneira que os programas se mantivessem o maior tempo possível no ar. E o curioso é reparar que, quanto mais polêmicas, barracos, brigas, discussões e baixarias nos programas, maior é o ibope registrado. No Big Brother 2, Tina, que era considerada por outros participantes da casa como barraqueira, criou uma confusão imensa com os demais participantes ao fazer um panelaço dentro da casa, o que fez o acesso ao site Globo.com travar, por conta da gigantesca quantidade de acessos que se avolumaram em busca de informações sobre o que acontecia naquele confinamento.
Muito se discute acerca da veracidade dos programas. Enquanto muitos acreditam que tudo que acontece naqueles ambientes é manipulado, inclusive o anúncio do vencedor, outros acreditam totalmente na credibilidade dos programas, defendendo-os com unhas e dentes. Uma coisa é certa: o Reality Show mexe com a cabeça dos espectadores. No BBB, por exemplo, muitas pessoas tornam-se fãs de casais que se formam durante o programa e criam fã clubes, páginas no Facebook, e movimentam as redes sociais para defender a permanência dos seus favoritos.
Muitas pessoas assistem, mas tem vergonha de admitir que acompanham programas do gênero, principalmente se for de comportamento/relacionamento. Há os que consideram o Reality Show um programa que aliena a população, sem produzir nada de relevante, e que apenas reforça a ideia de empobrecimento intelectual do povo.
A exposição sofrida pelos participantes nem sempre pode ser reconhecida como algo positivo, já que muitos ficam marcados por atitudes tomadas ao longo do programa. André Coelho, ex-participante do "De Férias com Ex" até hoje recebe diversas críticas pelas redes sociais por ter sido considerado mulherengo por outros participantes do reality e por muitos espectadores durante o programa. Laércio, ex-BBB, vítima de inúmeras agressões verbais de Ana Paula, outra participante, foi preso acusado de pedofilia após deixar o programa. Recentemente, também no BBB, Marcos Hunter foi expulso do programa e indiciado por agressão física e psicológica a sua namorada na casa.
Por outro lado, já ocorreram vários casos em que o Reality Show serviu de trampolim para trajetórias bem sucedidas após participação nos programas e grande exposição pública, como aconteceu com as atrizes Grazi Massafera e Juliana Alves e o Deputado Federal Jean Wyllis.
Logo, embora não agrade a todos, os Reality Shows agradam a muita gente, e, em função disso, tornaram-se a menina dos olhos das grande emissoras de televisão no Brasil. Além disso, ao reproduzir a história da vida real em um ambiente de fácil acesso a todos, é capaz de emocionar o público e levar os participantes ao sucesso ou ao fracasso.
Vera Góes, crítica de reality show, em sua casa em Copacabana. (Foto: Luana Lima)
Geraldo Pereira, amante de reality show, em sua casa em Copacabana. (Foto: Luana Lima)
Vera Góes, crítica de reality show, em sua casa em Copacabana. (Foto: Luana Lima)
Geraldo Pereira, amante de reality show, em sua casa em Copacabana. (Foto: Luana Lima)
Links das entrevistas:
https://www.youtube.com/watch?v=bVmiVKL-zqQ&t=1s (Entrevista completa com Geraldo Pereira)
https://www.youtube.com/watch?v=YEaB1a31sQw&t=1s (Entrevista com Vera Góes - Parte 1)
https://www.youtube.com/watch?v=vK_PU5tfXM4 (Entrevista com Vera Góes - Parte 2)
vai longe!!!Bom texto!
ResponderExcluirAdorei, Luana!! Falou tudo!
ResponderExcluirAmei, Lu! Ficou demais!!!
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